Hoje é um daqueles dias que o a terra fica mais vazia, o coração, mais triste e a mente, mais faminta: morre, além de um grande brasileiro, um magnífico pedagogo, psicanalista e teólogo.
A trajetória de Rubem Alves foi em
muito forjada e influenciada pela religião. Na juventude no Rio de Janeiro,
encontrou no divino um abrigo para as maldosas brincadeiras das quais era alvo
de seus colegas de escola, que o viam como um caipira de Minas Gerais – é que
ele nasceu no dia 15 de setembro de 1933 em Boa Esperança, quando a cidade
ainda se chamava Dores da Boa Esperança. Terminado o ginásio, foi estudar
teologia no Seminário Presbiteriano do Sul. Depois de formado, voltou para seu
Estado natal para atuar como pastor em meio a pessoas simples e pobres.
Nesse momento, já forjava o pensamento que seria
um dos pilares da Teologia da Libertação, movimento que propunha que a religião
fosse interpretada e praticada sob a perspectiva dos mais pobres, questionando,
por exemplo, a noção de pecado e baseando-se, principalmente, em princípios de
amor e na liberdade. Acreditava que a religião deveria ser mais um meio para
melhorar o mundo dos vivos do que para garantir algo às pessoas depois de
mortas. Contudo, suas ideias não foram bem recebidas pela Igreja. Como o
teólogo e escritor Leonardo Boff, seu colega e amigo, sofreria retaliações
pelos pensamentos que expôs e pela postura que adotou.
Depois
de uma temporada de estudos em Nova York, voltou ao Brasil logo após o golpe
militar de 1964 e foi denunciado como subversivo pela Igreja Presbiteriana.
Para escapar daqueles que o perseguiam, retornou aos Estados Unidos junto de
sua família. Lá, à convite da United Presbyterian Church – EUA (a Igreja
Presbiteriana estadunidense) e do presidente do seminário teológico de
Princeton, escreveu sua tese de doutorado, intitulada "Towards a Theology
of Liberation", na qual colocava no papel as ideias que tomariam corpo
como movimento...
Minha maior homenagem e me calar e deixar que ele mesmo ocupe um pedacinho do meu blog para deixar seus recados:
"A saudade é a nossa alma dizendo para onde
ela quer voltar"
"Não haverá borboletas
se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."
"A vida não pode
ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente"
"A alma é uma
borboleta...
há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."
há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."
“Deus é alegria. Uma
criança é alegria. Deus e uma criança têm isso em comum: ambos sabem que o
universo é uma caixa de brinquedos. Deus vê o mundo com os olhos de uma
criança. Está sempre à procura de companheiros para brincar.”
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