sábado, 19 de julho de 2014

Vá pra Casa, Rubem Alves...



Hoje é um daqueles dias que o a terra fica mais vazia, o coração, mais triste e a mente, mais faminta: morre, além de um grande brasileiro, um magnífico pedagogo, psicanalista e teólogo.

A trajetória de Rubem Alves foi em muito forjada e influenciada pela religião. Na juventude no Rio de Janeiro, encontrou no divino um abrigo para as maldosas brincadeiras das quais era alvo de seus colegas de escola, que o viam como um caipira de Minas Gerais – é que ele nasceu no dia 15 de setembro de 1933 em Boa Esperança, quando a cidade ainda se chamava Dores da Boa Esperança. Terminado o ginásio, foi estudar teologia no Seminário Presbiteriano do Sul. Depois de formado, voltou para seu Estado natal para atuar como pastor em meio a pessoas simples e pobres.
Nesse momento, já forjava o pensamento que seria um dos pilares da Teologia da Libertação, movimento que propunha que a religião fosse interpretada e praticada sob a perspectiva dos mais pobres, questionando, por exemplo, a noção de pecado e baseando-se, principalmente, em princípios de amor e na liberdade. Acreditava que a religião deveria ser mais um meio para melhorar o mundo dos vivos do que para garantir algo às pessoas depois de mortas. Contudo, suas ideias não foram bem recebidas pela Igreja. Como o teólogo e escritor Leonardo Boff, seu colega e amigo, sofreria retaliações pelos pensamentos que expôs e pela postura que adotou.
Depois de uma temporada de estudos em Nova York, voltou ao Brasil logo após o golpe militar de 1964 e foi denunciado como subversivo pela Igreja Presbiteriana. Para escapar daqueles que o perseguiam, retornou aos Estados Unidos junto de sua família. Lá, à convite da United Presbyterian Church – EUA (a Igreja Presbiteriana estadunidense) e do presidente do seminário teológico de Princeton, escreveu sua tese de doutorado, intitulada "Towards a Theology of Liberation", na qual colocava no papel as ideias que tomariam corpo como movimento...




Minha maior homenagem e me calar e deixar que ele mesmo ocupe um pedacinho do meu blog para deixar seus recados:



"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar"

"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."

"A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente"

"A alma é uma borboleta...
há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."


“Deus é alegria. Uma criança é alegria. Deus e uma criança têm isso em comum: ambos sabem que o universo é uma caixa de brinquedos. Deus vê o mundo com os olhos de uma criança. Está sempre à procura de companheiros para brincar.”

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