I've been thinking to myself on how we have been trained to follow the social, political, educational standards, and how this leads to a boring life and without any creativity.
I hate grades and evaluations; they are only worth to remind us that if we remain within the standards, protocols and rules, we will win a prize and be awarded with the first place. How cool!
It seems that the main purpose of schools is to create beings who know how to obey, to follow lines, timetables, deadlines ... all of that to arrive first and be an example of success (or what they think is successful), perhaps in a large multinational automobile company. But such spirit of competition does not take place only within the business framework; in art, poetry, fashion, cinema, the protocols seem to be always the same.
Worst of all is that it is not different in literature. If you don't follow the predefined script of protagonist x antagonist, following the classic recipe of a well balanced plot, full of tension, climax, crisis, symbolic death of the protagonist and the apparent triumph of the villain, and again, a symbolic resurrection of the protagonist, your story is rubbish.
Schools that encourage children, from an early age, to sit at a common table and share their notebooks, pencils, snacks and other materials are considered anarchic and a model that encourages the students' rebellion, after all, life is hard and they need to be well trained for the first place and for the prize.
Some people want to turn literature into a circus of horrors: they contemplate the rules suggested by the editors' marketing, and in this case, saga style comes in handy to the spirit of the current competition. There are sites that purport to "train" new writers to lead them to the model dictated by the publishers themselves. Those who quickly learn to follow what the editors want as soon as possible will be in first place and earn some money.
Now
imagine the following and cruel reasoning they use to "help" new
writers.
- First place (winner)
- Second place (your story can be of any help, may be to a kind publisher)
- Try another story later (this is a polite way to say that you are losing your time there and are not important for the publishers; maybe it is an
invitation to leave.
Now think with me for a while, instead of being a place of mutual help, like in the case of Piaget's children, those who are trying to improve their
writing skills will feel like garbage in this competition environment.
I'd rather stay with the screaming and defiance of the children of Piaget’s New School.
I prefer a rebel writer, whose largest source of inspiration is a restless and rebellious soul than abiding by the protocols developed by such virtual circles. I prefer the flow of consciousness and creativity stream like those from these two composers in the videos below, who does not need any comment, both with no great voice, but both revolutionary, transgressive and brilliant.
My tribute to them:
________________________________________
Estive pensando com meus botões como somos treinados para seguir as formas sociais, políticas, educacionais e como isso nos leva a uma vida chata e sem criatividade.
Odeio notas e avaliações; isto só serve para mostrar que se estivermos dentro das normas, protocolos e regras, ganharemos um prêmio e seremos contemplados com o primeiro lugar. Que legal!
Parece que o objetivo principal das escolas e criar seres que saibam obedecer, seguir filas, horários, prazos ... tudo isso para chegarem sempre em primeiro lugar e serem um exemplo de sucesso (ou o que eles acham que é sucesso), quem sabe numa grande multinacional da empresa automobilística.
Mas o espírito de competição também se dá apenas no âmbito empresarial; na arte, na poesia, na moda, no cinema, os protocolos parecem ser sempre os mesmos.
O pior de tudo é que na literatura não é diferente. Se você não seguir o roteiro predefinido de protagonista x antagonista, seguindo a receita clássica de um enredo bem equilibrado, cheio de tensão, clímax, crise, morte simbólica do protagonista e aparente triunfo do vilão, e novamente, uma ressurreição simbólica do protagonista, sua estória é um lixo.
Escolas que estimulam as crianças, desde cedo, a sentarem-se a uma mesa comum e trocarem cadernos, lápis, lanches e outros materiais são vistas como um modelo anárquico e que estimula a rebeldia dos alunos, afinal, a vida é dura e eles precisam ser bem treinadas para o primeiro lugar e para o prêmio.
Alguns querem fazer da literatura um circo dos horrores: contempla-se o padrão sugerido pelo marketing das editoras - o estilo saga vem bem a calhar com o espírito de competição atual. Há sites que se propõem a “treinar” novos escritores para levá-los ao modelo ditado pelas editoras. Quem aprender rápido a seguir o mais rápido possível o que os editores querem, fica em primeiro lugar e ganha uma graninha.
Prefiro ficar com a gritaria e rebeldia das crianças da Nova Escola de Piaget.
Prefiro um escritor rebelde, cuja fonte maior de inspiração seja uma alma inquieta e rebelde, aos protocolos desenvolvidos por esses círculos virtuais.
Prefiro o fluxo da consciência e o fluxo de criatividade, à semelhança dessas duas compositoras que dispensam qualquer comentário, ambas sem muita voz, mas ambas revolucionárias, transgressoras e geniais.
Minha homenagem a elas:
Stay in your Little Boxes
(or leave them quickly)
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Estive pensando com meus botões como somos treinados para seguir as formas sociais, políticas, educacionais e como isso nos leva a uma vida chata e sem criatividade.
Odeio notas e avaliações; isto só serve para mostrar que se estivermos dentro das normas, protocolos e regras, ganharemos um prêmio e seremos contemplados com o primeiro lugar. Que legal!
Parece que o objetivo principal das escolas e criar seres que saibam obedecer, seguir filas, horários, prazos ... tudo isso para chegarem sempre em primeiro lugar e serem um exemplo de sucesso (ou o que eles acham que é sucesso), quem sabe numa grande multinacional da empresa automobilística.
Mas o espírito de competição também se dá apenas no âmbito empresarial; na arte, na poesia, na moda, no cinema, os protocolos parecem ser sempre os mesmos.
O pior de tudo é que na literatura não é diferente. Se você não seguir o roteiro predefinido de protagonista x antagonista, seguindo a receita clássica de um enredo bem equilibrado, cheio de tensão, clímax, crise, morte simbólica do protagonista e aparente triunfo do vilão, e novamente, uma ressurreição simbólica do protagonista, sua estória é um lixo.
Escolas que estimulam as crianças, desde cedo, a sentarem-se a uma mesa comum e trocarem cadernos, lápis, lanches e outros materiais são vistas como um modelo anárquico e que estimula a rebeldia dos alunos, afinal, a vida é dura e eles precisam ser bem treinadas para o primeiro lugar e para o prêmio.
Alguns querem fazer da literatura um circo dos horrores: contempla-se o padrão sugerido pelo marketing das editoras - o estilo saga vem bem a calhar com o espírito de competição atual. Há sites que se propõem a “treinar” novos escritores para levá-los ao modelo ditado pelas editoras. Quem aprender rápido a seguir o mais rápido possível o que os editores querem, fica em primeiro lugar e ganha uma graninha.
Agora imagine o seguinte e raciocínio cruel que eles usam
para "ajudar" os novos
escritores.
- Primeiro lugar (vencedor)
- Segundo lugar (sua história pode ter algum valor, quem sabe para um editor bondoso)
-Tente outra história mais tarde (isto é uma maneira educada
de dizer que você está perdendo seu tempo
lá e não é importante para os editores; talvez seja um convite para sair. Agora
pense comigo por um momento, em vez de ser um lugar de ajuda mútua, como no caso
das crianças do Piage, aqueles que estão tentando melhorar suas habilidades de
escrita vão se sentir um lixo nesse ambiente de competição.
Prefiro ficar com a gritaria e rebeldia das crianças da Nova Escola de Piaget.
Prefiro um escritor rebelde, cuja fonte maior de inspiração seja uma alma inquieta e rebelde, aos protocolos desenvolvidos por esses círculos virtuais.
Prefiro o fluxo da consciência e o fluxo de criatividade, à semelhança dessas duas compositoras que dispensam qualquer comentário, ambas sem muita voz, mas ambas revolucionárias, transgressoras e geniais.
Minha homenagem a elas:
Fiquem na caixinha de vocês
(ou saiam correndo delas)
Little Boxes
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Little boxes on the hillside,
Little boxes made of ticky tacky Little boxes on the hillside, Little boxes all the same, There's a pink one and a green one And a blue one and a yellow one And they're all made out of ticky tacky And they all look just the same. And the people in the houses All went to the university Where they were put in boxes And they came out all the same And there's doctors and lawyers And business executives And they're all made out of ticky tacky And they all look just the same. And they all play on the golf course And drink their martinis dry And they all have pretty children And the children go to school, And the children go to summer camp And then to the university Where they are put in boxes And they come out all the same. And the boys go into business And marry and raise a family In boxes made of ticky tacky And they all look just the same, There's a pink one and a green one And a blue one and a yellow one And they're all made out of ticky tacky And they all look just the same. |
Uma caixa bem na praça,
Uma caixa bem quadradinha
Uma caixa, outra caixa,
Todas elas iguaizinhas
Uma verde, outra rosa
E uma bem amarelinha
Todas elas feitas de tic tac,
Todas elas iguaizinhas
As pessoas dessas casas
Vão todas pra universidade
Onde entram em caixinhas
Quadradinhas iguaizinhas
Saem doutores, advogados,
Banqueiros de bons negócios
Todos eles feitos de tic tac,
Todos, todos iguaizinhos
Jogam golf, jogam pólo,
Bebendo um bom martini dry
Todos têm lindos filhinhos
Bonequinhos engomadinhos
As crianças vão pra escola,
Depois pra universidade
Onde entram em caixinhas
E saem todas iguaizinhas
Os rapazes ficam ricos
E formam uma família
Todos eles em caixinhas,
Em casinhas iguaizinhas
Uma verde, outra rosa
E e outra bem amarelinha
E são todas feitas de tic tac,
Todas, todas iguaizinhas
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