Vulpy já não caminhava tão decididamente
quanto antes. É verdade que o percurso que tinha de fazer desde a Vila Maçarico
até o Braz era extenuante; não era fácil pegar um ônibus lotado logo às 5:20 da
manhã, depois o trem, o metrô, outro ônibus e ainda ter de andar mais cinco
quarteirões para trabalhar na loja de tecidos.
Na volta tinha de repetir tudo de novo, mas ia diretamente para a
escola, pois não podia sequer pensar na possibilidade de dar uma paradinha em
sua toca.
Tinha de sacrificar alguma coisa, na verdade mais do que isso:
sacrificar um banho, uma refeição rápida e quente, um cochilo rápido. Nada
disso, a vida de Vulpy era de sacrifícios e renúncias. De manhã, engolia um
pedaço de pão seco e uma xícara de café preto: o leite era para os irmãos
menores. Se houvesse alguma fruta também era para os pequeninos (se houvesse).
Vulpy era uma raposa ruiva, baixinha, pernas curtinhas, magra, mas
sempre atenta. Suas orelhas grandes e seus olhos atentos trabalhavam em
conjunto. Os olhos eram pequenos, mas não deixavam passar nada; é bem verdade
que ficavam menores ainda quando estava com sono, mas aprendera a prestar
atenção em tudo por causa das atribuições na loja.
Na verdade Vulpy já era uma raposa atenta desde que seus pais se
separaram e sua mãe adoecera. Amadurecera e ficara adulta antes da hora.
Apesar dos seus dezenove anos, Vulpy já pensava como uma raposa adulta.
Racionar, dividir, compartilhar, cuidar dos irmãos menores, fazer contas,
prestar atenção no movimento da loja, nos clientes, nos funcionários a ensinou
a ser atenta e ficar de olho em tudo e em todos.
Às vezes era considerada oportunista e matreira, mas ela tinha de ser
assim para sobreviver; não se importava com isso. Vulpy tinha um objetivo:
terminar a faculdade de Administração de Empresas e chegar a ser gerente da
loja. Mas sua paixão maior era o teatro e a dança.
Segunda-feira era dia de pôr em ordem os pensamentos, organizar as
atividades, dividir as tarefas para os irmãozinhos, fazer listas: quem vai dar remédios
para mãe, quem vai levar o lixo, quem vai lavar a louça, quem vai fazer o almoço e
quem vai lavar a roupa.
Todos os cinco irmãos participavam das atividades. Desde cedo todos
aprenderam que precisavam colaborar para sobreviver.
Já
estava nervosa, pois o ônibus que passa de hora em hora falhou e agora deveria
caminhar a pé por quase dois quilômetros até a avenida.
Não era tão ruim assim caminhar, Vulpy só
detestava quando chovia, pois o barro vermelho da estrada de terra era
implacável com seus sapatinhos delicados. Também ficava indignada com a altura
dos degraus do escadão da viela: tinha de fazer um esforço hercúleo para dar
cada passo (mais de cento e dez degraus grandes), um desafio enorme para suas patinhas
espremidas dentro do calçado e perninhas
curtas. Mas ela ficava indignada mesmo era com os cachorros da rua: viviam soltos, sem que ninguém os detivesse. Vulpy tinha ódio de morte quando aqueles
cachorrões se aproximavam, chegavam por trás e cheiravam bem debaixo de seu
rabo. Isso lhe doía na alma. Sentia-se humilhada e impotente. Não gostava de
ser confundida com uma cadela: ela era uma raposa e tinha muito orgulho disso.
O esforço para alcançar o ônibus da avenida foi recompensado, pois era
esse ônibus que sua prima e melhor amiga costumava pegar.
Dito e feito, depois de abrir caminho a cotoveladas, Vulpy
imediatamente conseguiu avistar sua prima num dos bancos do fundo. Agora, se
fosse rápida, bastaria apenas dar uns passos firmes para alcançar a prima Foxy,
que, espertamente, sempre tratava de salvaguardar um banco para Vulpy, tomando
assento bem no fundo. Na verdade era um truque que Foxy desenvolvera: sentar-se
no último banco, o da janela, mas ocupando metade de cada banco, fingindo que
ajeitava a mochila, enquanto dava tempo de esperar pela prima Vulpy. Porém, tinham
de ser rápidas e sincronizadas, se quisessem ir sentadas e conversando durante
o trajeto.
Foxy morava num bairro antes, também na periferia, mas era um pouco
melhor (ou menos ruim), pois já tinha asfalto e esgoto, só faltava água encanada.
Embora mais velha, Foxy se dava muito bem com a prima Vulpy. Vulpy
aprendia muito com a prima, que já estava no último ano do curso de pedagogia.
Foxy tinha pelos mais escuros, mais brilhantes. Seu nariz era mais
afilado e sua boca, menor. Ficava menor ainda quando Foxy apertava os lábios.
Ela tinha essa mania quando achava que deveria ficar quieta mais um pouco, ou
antes de dar algum parecer, ou emitir
algum palpite.
– Nossa, Vulpy, que olheiras! –
exclamou a prima, arregalando os olhos e franzindo a testa – e seus olhos estão
vermelhos e inchados, o que aconteceu com você?
– Chorei a noite toda, Foxy,
chorei demais, como a vovó costuma dizer “chorei a cântaros”.
– Por causa da morte de seu
irmão? – indagou Foxy, esperando uma resposta positiva, pois Vulpy ainda não
havia superado o luto pela morte do irmão mais velho, que morrera ao ser
atingido numa troca de tiros entre a polícia e os marginais. Até hoje ainda não
ficou bem esclarecido de quem partiram os disparos, se da polícia, se dos
bandidos.
– Não Foxy, não que eu já tenha
me conformado, mas ninguém vai trazer meu irmãozinho de volta mesmo – desabafou
Vulpy, eu só ficava indignada quando diziam que ele estava no meio dos
bandidos. Meu irmão dava um duro danado pra cuidar da gente e nunca se metia
com maus elementos, nunca! A vida dele era trabalhar, estudar, e, quando tinha
um tempinho, jogar futebol e tocar pandeiro no grupo de pagode. Ele era fã do
David Luiz e tinha até deixado os cabelos crescer e feito uns cachinhos. Ele
dizia que um dia seria como o David Luiz.
– Então você chorou muito por
causa da sua mãe? – arriscou Foxy, ajeitando-se melhor no banco e esforçando-se
o mais que podia para abrir um pouco a janela.
Também não Foxy, a mamãe já melhorou um pouco. O derrame não a impede
de mexer as mãos e falar, mas ela não consegue se locomover bem, por isso
precisa de cadeira de roda.
– Ela não merece isso, pobrezinha
– lamentou Foxy, espremendo os lábios – mas não era um aneurisma que ela tinha?
– É, Foxy, mas não dá pra ter
certeza, porque ela ficou esperando muitos meses na fila do SOS e, quando
finalmente foi atendida, disseram que perderam os exames dela e que deveriam
refazer tudo. Parece que ela tinha que colocar essa pecinha parecida com uma
mola.
– Pecinha, Vulpy, indagou Foxy
com ar de riso por causa da explicação simples da prima.
– É Foxy, tipo, aquela molinha
que eles colocam na veia das pessoas pra não estourar.
– Entendi, Vulpy, mas eu acho que
o nome da “molinha” é stent.
– Seja lá o que for, Foxy, parece que isso
teria impedido o derrame, mas os médicos do Sistema Organizacional de Saúde
discordam.
– E como está a tia, agora? –
interessou-se Foxy.
– Ela não conseguiu se aposentar,
pois os médicos da perícia disseram que ela ainda pode trabalhar, porque,
embora tendo de usar cadeira de rodas, ainda tem duas mãos.
– Então por que você chorou
tanto? Quer passar um pouco de blush
pra disfarçar um pouco e ficar mais coradinha?
– Acho que sim, me empreste e depois
te devolvo, Foxy, agora o ônibus está balançando muito.
– Eu consigo passar um pouco –
insistiu Foxy, segurando a prima pelo queixo.
– O que é isso na sua, orelha, Vulpy?
– espantou-se.
– Eu queimei fazendo chapinha com
o Babyliss.
– Nossa, Vulpy, presta mais
atenção, é muito perigoso. Mas porque você chorou tanto?
– Eu sei mexer, é que me
descuidei – justificou-se. De fato, Vulpy manejava bem essas ferramentas, pois
fazia um trabalho como cabeleireira e manicure nos finais de semana para ganhar
algum dinheiro extra e conseguir pagar a
faculdade. Era habilíssima também com a tesoura, pois cortava tecidos na loja o
dia todo e cortava os cabelos das clientes do bairro desde quando era mais
jovem, ofício que aprendera com a mãe.
– Vulpy, fala, menina, porque
você chorou tanto? Será que posso ajudar? É a situação na faculdade?
– Não, isso eu já resolvi, quer
dizer, contornei, né?
– O que você fez? Não me diga que
trancou a matrícula – Indignou-se prima, elevando o tom da voz.
– Não Foxy, eu mudei para uma
faculdade mais barata, mas tive de esperar mais um ano.
– E porque você esperou tanto?
– Bom, prima, eu ia desistir,
porque não estava conseguindo pagar a Universidade Materialista. A Materialista é
muito cara. Eu insisti porque passei no vestibular, eles disseram que me dariam
uma bolsa.
– E deram?
– Nada, Foxy. Eu conversei com os
caras lá. Disseram pra eu ficar tranquila que iam me ajudar. Lembro muito bem, até
citaram uma frase bonita do John Wesley: “Pregai expressamente em favor da educação...”
Disseram que havia passado algum tempo, mas que se eu acertasse o que devia, me
dariam uma bolsa no outro semestre. Eu peguei dinheiro do cartão de crédito, do
limite do banco, dei cheques pré-datados... e disseram que iam me dar uma bolsa
no outro semestre. Fiquei esperando, e daí me disseram que ficou faltando um
documento e mandaram eu esperar de novo outro semestre. Eu não pude mais
frequentar as aulas, o tempo passou e eles me processaram. Foxy, me ferraram
direitinho. Peguei mil reais no cartão e a dívida agora já está em trinta mil
por causa dos juros, sem contar o dinheiro do limite, meu nome está sujo e não
posso mais usar cheques.
– E por que você não tenta uma bolsa do
governo?
– Ah, Foxy, eu já tentei e eles disseram que a
renda da minha família dava. Eu quis rir. Não me deram nada, mas o filho do
vereador ganhou uma. Não sei quais são os critérios que eles usam, Foxy.
– Que saco, Vulpy, não vou te perguntar mais
por que chorou tanto, desenrola, carretel! – insistiu a prima, já demonstrando
certa impaciência.
– Ah, Foxy, misturou tudo – respondeu desanimada. Primeiro
porque não fui escolhida pra ser dançarina na banda de funk do MCGozador.
– Aquele cheio de colares e joias
caras, que já tem até um iate?
– Esse mesmo, lembra da Mazoca?
Então, me encontrei com ela; está super bem de vida: tem apartamento, carro,
tudo de primeira, porque foi contrata para dançar na banda do MCGozador. Então
ela me deu um cartão pra eu tentar também, disse que ia ter um teste.
– Nossa, me conta, como foi?
– Um desastre, Foxy, um caos...
– Mas você dança bem, tem experiência
com palco, o que aconteceu?
– Bom, talvez tivesse sido melhor
conversar diretamente como MCGozador, ele é muito humano e ajuda todo mundo,
mas eu decidi fazer o teste. Fiz tudo certinho, tudo...
– E foi difícil?
– Nada, fácil demais; era só se
agachar e cantar:
“tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha...”
“tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha...”
Foxy quis rir, se esforçou para não soltar um risinho e espremeu os
lábios, como de costume.
– Então por que não te
contrataram, Vulpy?
Vulpy desabou e começou a chorar copiosamente:
– Porque – respondeu com as mãos
no rosto – porque eles disseram que eu não tinha corpo, Foxy, que eu tinha pernas
curtas e não tinha bunda e que meus peitinhos eram pequenos demais. Eu perdi
essa oportunidade porque não tinha bunda e peitos – concluiu chorando de
soluçar.
– Ah, Vulpy querida, vamos lá.
Pense bem fofinha, o tempo é cruel, logo todo mundo vai ficar com a bunda flácida e
murcha, cheia de celulite; os seios também vão murchar, cair e daí, como vai
ser? Pensa nisso, Vulpy.
– É, você tem razão, mas eu sou
feia...ridícula, baixinha e uma tábua.
– Não fala assim, Vulpy, você é
uma raposinha linda e fofa. Todo mundo ia querer você. Pensa, amiga, você está
se deixando levar pela ditadura da moda... você é tão inteligente... não
percebe que eles ditam o padrão de beleza e a gente tem de seguir sem
questionar? E mais uma coisa, fofinha – disse Foxy com o olhar cheio de ternura
– bunda e peito todos têm, podem pôr até silicone, mas honestidade,
persistência, coragem, ousadia, determinação, poucos têm, e esses valores são
perenes e você esbanja tudo isso.
– O que é perene, Foxy? –
perguntou enxugando as lágrimas, mas prestando muito atenção no argumento da
prima.
– Ah, perene quer dizer uma coisa
que dura muito, que não se acaba facilmente.
– Vulpy já estava quase se
rendendo ao argumento, mas teve outro acesso de choro.
– Vamos, Vulpy, deixa de chorar
menina, você não tem bundão nem peitões, mas é corajosa e persistente. Vamos,
pare de chorar agora.
– Mas teve mais uma coisa que me
fez chorar, Foxy, além disso.
– Outra coisa ainda, querida? O
que mais?
– Por causa de uma
frase do David Luiz, que mexeu comigo.
– Acho que você
está projetando seu irmão no David Luiz, Vulpy.
– Pode até, ser, esses
jogadores da seleção parecem vizinhos, ou parentes, sei lá, gente como a gente.
Por que você acha que o Brasil perdeu, Foxy, de quem é a culpa?
– É difícil
responder, Vulpy, mas eu acho que os jogadores eram sinceros e queriam vencer.
Quem joga pra perder? Mas aí disseram que eles deveriam ser heróis, deveriam
salvar o país, que se eles não ganhassem ia ter quebradeira, o Brasil ia
afundar, o governo ia perder as eleições, ia ter uma revolução. Depois colocaram
sobre eles o fardo de serem heróis, de substituírem o Neymar. Disseram que eles
eram “penta” e a camisa da seleção era poderosa e aquelas cinco estrelinhas botavam
medo nos inimigos e deram a eles a opção de vencer ou vencer. Quando eles
perceberam que não eram o Neymar, que eram eles mesmos, com suas fraquezas, e que não podiam ser quem
não eram, e que a seleção não era onipotente, desabaram. Acho mesmo que tiveram
uma pane.
– É, também
concordo, se bem que não ligo muito pra seleção mesmo.
– Ah, Vulpy, lá vem
você de novo com essa mania de desdenhar, você acabou de dizer que estava
chorando por causa da Copa.
– Não foi por
causa da Copa mesmo. Vou resumir rápido: O pessoal da faculdade organizou uma
visita a uma fazenda de uvas. A gente tinha de estudar o sistema administrativo
da fazenda e, ao mesmo tempo, fazer um tipo de piquenique. Eu ainda não tinha
vendido uma parte dos vales-transportes e dado o vale-refeição no supermercado
para trocar por compras. Eu não tinha nada pra levar. Nem marmita eu levei. A
única coisa que eu tinha comido durante o dia era macarrão Knnojo. Estava com muita
fome. Cada aluno levou uma coisa pra comer: rocambole, bolos, patês, frios,
torta de liquidificador, refrigerantes, iogurtes... e eu não tive nada pra
levar. Então me afastei deles pra não perceberem e fui dar uma voltinha. Vi
uma parreira cheia de uvas e fiquei com água na boca. O dia tinha sido difícil
porque o oficial de justiça tinha intimado meu patrão a comparecer no fórum imediatamente.
Meu patrão tentou explicar que não pôde pagar os impostos por causa das enchentes
e por causa do quebra-quebra dos black-blocs. E que ele estava esperando o
Refis para renegociar os impostos atrasados.
Então comecei a pular, pular, pular, mas não conseguia
alcançar as uvas. Um carinha me filmou com o celular e postou no Youtube, Facebook e Google+; todos começaram a rir e o vídeo
se tornou um viral. Daí eu disse que não queria mesmo as uvas porque ainda
estavam verdes
– Nossa, Vulpy,
mas aí já é bullying.
– É, agora já estão tirando o sarro por três séculos.
– Ah, não exagera. Por que você pagou um mico desses?
– É, agora já estão tirando o sarro por três séculos.
– Ah, não exagera. Por que você pagou um mico desses?
– Vulpy ergueu os
olhinhos ainda inchados e vermelhos e fuzilou:
– Você sabe o que
é ter fome?
Foxy engoliu seco.
– Você sabe o que
é não ter nada pra comer o dia todo, ou ter de deixar a comida para os irmãos
menores?
– Foxy se rendeu
por dentro e começou a desejar que Vulpy terminasse logo o argumento.
– E o que aconteceu, fofinha?
– E o que aconteceu, fofinha?
– Quando a gente
estava indo embora, um senhor alto e forte me segurou pelos braços e disse que
queria falar comigo. Ele me levou a uma saleta e foi curto e grosso, disse que
era gerente e tinha me visto tentar pegar as uvas. Eu estremeci e me lembrei
daquela senhora de Mauá que tinha sido presa por um ano por roubar um pote de
margarina. Tentei explicar, mas não achei palavras, então disse “porque eu
estava com fome, senhor”. Ele pediu que eu o acompanhasse a outra sala. Eu
tremi de medo já estava começando a fazer xixi. Então ele disse: “eu observei
você pulando e tentando pegar as
uvas, fiquei muito comovido com seu esforço e perseverança
e quero que você aceite esses presentes da nossa fazenda”. Foxy, os olhos dele
se encheram de lágrimas e ele prosseguiu dizendo: “Hoje, eu estava assistindo a
uma entrevista do David Luiz, e fiquei comovido
com o que ele disse. Então quero que você leve essas caixas de uvas para
você e para sua família". Então me lembrei do que o David Luiz disse e fiquei chorando a
noite inteira.
- Ah, por causa da Copa, então?
- Não Foxy, por causa da miséria, da violência, da falta
de educação, da falta de saúde, da
fome e da corrupção. Então entendi porque o David Luiz
estava tão triste.
- E qual foi a frase dele, Vulpy:
- Bem, ele disse:
“Eu só
queria alegrar o meu povo que sofre tanto... Só queria ver meu povo sorrir”.
- Foi por isso que chorei a noite toda e não pela derrota na Copa!
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